segunda-feira, fevereiro 15, 2010

O "Chico"...



Quarta-feira de Cinzas pela meia-noite, ritual do enterro do entrudo (Chico) na Vila do Carvalho, após procissão e profundo pranto das suas viúvas carpideiras o Chico será literalmente queimado no arraial da Igreja Matriz da "Aldeola".

...temos assim o fim do Inverno
(dizem...) e entramos na Quaresma...

terça-feira, janeiro 26, 2010

Serra da Estrela...Uns gráficos para reflexão...



Moura, M. P (2006) Diacronia e memória de uma paisagem. Análise Visual da Paisagem do Planalto Superior da Serra da Estrela [pdf 5,7 MB] Dissertação de Mestrado em Educação Ambiental, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 140 pp.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Potro doido...


(...)Poeta das canções, José Carlos Ary dos Santos tinha o dom da palavra e gostava de ver as suas palavras ganhar forma em canções. 25 anos após a sua morte, alguns poemas que deixou voltam à vida. No feminino. Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti abrem as janelas que dão para a Rua da Saudade.

A Rua da Saudade, em Alfama, Lisboa, acompanhou grande parte da vida de José Carlos Ary dos Santos, poeta, publicitário e autor de algumas das canções mais marcantes do cancioneiro pop nacional. "Desfolhada Portuguesa", interpretada por Simone de Oliveira, "Tourada", na voz de Fernando Tordo, ou "Estrela da Tarde", celebrizada por Carlos do Carmo, são apenas a ponta do icebergue do legado criativo que Ary dos Santos deixou. Hoje, 25 anos passados da sua morte, o seu génio é recuperado pelo projecto com o nome da rua alfacinha onde viveu, composto por quatro cantoras de hemisférios musicais bem diferentes. Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti (Couple Coffee) juntaram-se para reviver poemas de Ary sob a batuta de Renato Jr., produtor e mentor de um projecto que se apresenta ao mundo com o álbum Canções de Ary dos Santos . (...)


Cavalo à solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

José Carlos Ary dos Santos

domingo, janeiro 17, 2010

Observação de Aves


O CERVAS e a Associação ALDEIA, em parceria com a Câmara Municipal de Gouveia e a DLCG - Desporto, Lazer e Cultura de Gouveia - Empresa Municipal, irão organizar uma série de saídas de campo para observação de avifauna dedicadas ao Rio Mondego.



Estas saídas consistem em percursos pedestres de baixa dificuldade com pontos de observação e escuta de aves e serão realizadas nas seguintes datas e locais:

23 de Janeiro - Carregal do Sal;
20 de Fevereiro - Nelas;
20 de Março - Mangualde;
17 de Abril - Fornos de Algodres;
22 de Maio - Celorico da Beira;
19 de Junho - Gouveia.


O ponto de encontro será, em qualquer dos casos, a Câmara Municipal de Gouveia, às 08:00.

Material recomendado:

Roupa e calçado confortável;
Binóculos e Guia de Campo;
Merenda e água.

Estas saídas são de participação gratuita e abertas a todos, devendo os participantes confirmar a sua presença para cervas.pnse@gmail.com ou 968 991 007 ou 962 714 492.

Manias!

Mulher sentada num banco
Claude Monet, 1874

MANIAS

O mundo é velha cena ensanguentada,
Coberta de remendos, picaresca;
A vida é chula farsa assobiada,
Ou selvagem tragédia romanesca.

Eu sei um bom rapaz, – hoje uma ossada, –
Que amava certa dama pedantesca,
Perversíssima, esquálida e chagada,
Mas cheia de jactância quixotesca.

Aos domingos a deia já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,

Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!"


Cesário Verde

sábado, janeiro 16, 2010

Chove!



Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.


José Gomes Ferreira

terça-feira, dezembro 08, 2009

Pablo Neruda por Andy Garcia...Parabéns...




Poem XX

Tonight I can write the saddest lines.

Write, for example,'The night is shattered
and the blue stars shiver in the distance.'

The night wind revolves in the sky and sings.

Tonight I can write the saddest lines.
I loved her, and sometimes she loved me too.

Through nights like this one I held her in my arms
I kissed her again and again under the endless sky.

She loved me sometimes, and I loved her too.
How could one not have loved her great still eyes.

Tonight I can write the saddest lines.
To think that I do not have her. To feel that I have lost her.

To hear the immense night, still more immense without her.
And the verse falls to the soul like dew to the pasture.

What does it matter that my love could not keep her.
The night is shattered and she is not with me.

This is all. In the distance someone is singing. In the distance.
My soul is not satisfied that it has lost her.

My sight searches for her as though to go to her.
My heart looks for her, and she is not with me.

The same night whitening the same trees.
We, of that time, are no longer the same.

I no longer love her, that's certain, but how I loved her.
My voice tried to find the wind to touch her hearing.

Another's. She will be another's. Like my kisses before.
Her voide. Her bright body. Her inifinite eyes.

I no longer love her, that's certain, but maybe I love her.
Love is so short, forgetting is so long.

Because through nights like this one I held her in my arms
my sould is not satisfied that it has lost her.

Though this be the last pain that she makes me suffer
and these the last verses that I write for her.

VEINTE POEMAS DE AMOR Y UNA CANCION DESESPERADA
(tradução inglesa)

Pablo Neruda

sexta-feira, novembro 20, 2009

Repost...Quando eu morrer batam em latas...


Rapariga na Janela - Salvador Dali
Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro


...para alguém muito especial que já partiu...tenho a certeza que foste de "burro"...

Enjoy the Silence

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Cant you understand
Oh my little girl(...)

segunda-feira, novembro 16, 2009

Sustentabilidade da Montanha Portuguesa




Apresentação

Com este ciclo de conferências pretende‐se aprofundar o conhecimento da montanha portuguesa e dos desafios que, num quadro de profunda mudança, esta actualmente enfrenta. Pretende‐se também oferecer uma oportunidade para a discussão de conceitos e perspectivas de sustentabilidade em sistemas de montanha, dos modelos de desenvolvimento subjacentes e do papel que a montanha pode assumir no desenvolvimento das regiões e do país. Para tal, convidaram‐se cientistas especialistas em temas de montanha que irão ao longo do ano lectivo apresentar e discutir a sua visão integrada ou de especialidade da montanha portuguesa.
O primeiro ciclo de conferências do CIMO constitui assim uma oportunidade excepcional para investigadores, docentes, alunos e membros da sociedade em geral participarem na partilha de conhecimento e no debate de ideias em torno dos espaços de montanha.

Programa

Conferências para 2009

18 de Novembro
“A montanha na avaliação portuguesa do Millennium Ecosystem Assessment”
Carlos Aguiar & Orlando Rodrigues, CIMO ‐ ESA/IPB
Auditório Dionísio Gonçalves, 16h00

16 de Dezembro
“A geografia e o clima das montanhas ibéricas”
Dionísio Gonçalves, CIMO ‐ ESA/IPB
Auditório Pequeno, 16h00

Conferências para 2010
Processos hidrológicos em montanhas e alterações climáticas
João Pedro Nunes, Universidade de Aveiro
Raças autóctones e produtos de qualidade
Telo da Gama & José Santos Silva, Instituto Nacional dos Recursos Biológicos
Sistemas florestais e agroflorestais e conservação do solo em áreas de montanha
Agustín Merino, Universidade de Santiago de Compostela
A floresta e a sustentabilidade da montanha em Portugal
Maria do Loreto Monteiro, CIMO ‐ ESA/IPB
Sustentabilidade de sistemas de agricultura em Portugal
Tiago Domingos, Instituto Superior Técnico

quarta-feira, agosto 26, 2009

Frisch weht der Wind...Shantih shantih shantih

Who's Afraid of Red, Yellow and Blue?, 1966
Barnett Newman


Agora que se aproximam alguns dias...poucos... de pausa para mim, decidi voltar!

In the mountains, there you feel free.
I read, much of the night, and go south in the winter.

What are the roots that clutch, what branches grow
Out of this stony rubbish? Son of man,
You cannot say, or guess, for you know only
A heap of broken images, where the sun beats,
And the dead tree gives no shelter, the cricket no relief,
And the dry stone no sound of water. Only
There is shadow under this red rock,
(Come in under the shadow of this red rock),
And I will show you something different from either
Your shadow at morning striding behind you
Or your shadow at evening rising to meet you;
I will show you fear in a handful of dust.


T. S. Eliot, (The Wasteland)

segunda-feira, junho 22, 2009

Verão

Shakespeare Sonnet 18

Shall I Compare Thee to a Summer’s Day


Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd;
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature's changing course, untrimm'd;
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou owest;
Nor shall Death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou growest;
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.

William Shakespeare

quinta-feira, junho 18, 2009

Pelos nossos rios, pelo nosso futuro

Pelos nossos rios, pelo nosso futuro

A Rede Cidadã para uma Nova Cultura da Água organiza, dia 20 de Junho em Talavedra de La Reina (Espanha) uma manifestação sob o lema "Pelos nossos rios, pelo nosso futuro" (www.pornuestrosrios.org).

Este é o primeiro passo para a mobilização dos cidadãos da bacia do Tejo, em defesa de uma gestão razoável, sustentável, transparente e participativa da bacia hidrográfica do Tejo, para garantir o cumprimento da regulamentação comunitária em vigor e a protecção do rio, a fim de assegurar a disponibilidade de água em quantidade suficiente e de qualidade tanto para nós como para as gerações futuras, bem como a possibilidade de desfrutar das suas águas e praias limpas e de alta qualidade.

O Município de Vila Nova da Barquinha aprovou, no dia 5 de Junho, em Assembleia Municipal, uma moção de apoio a este evento. As pessoas interessadas em participar na Manifestação podem reservar um lugar no autocarro que a Câmara Municipal vai disponibilizar, contactando Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, através dos telefones 249720350 (geral) ou 249720373 (Gabinete de Informação e Relações Públicas). O embarque será pelas 4h30m da manhã do dia 20 de Junho, junto à Estação de Caminhos-de-Ferro de Vila Nova da Barquinha. Documentos e informação em:

http://sites.google.com/site/pauloconstantinoonline/pelos_nossos_rios_pelo_nosso_futuro

Festa do Solstício de Verão



Associação Distrital dos Agricultores da Guarda

t: 271212604 f: 271212604

agricultores.guarda@gmail.com


quarta-feira, junho 17, 2009

Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar” 18 de Junho


Sociedade de Geografia de Lisboa

Jornadas “A Sociedade Civil e o Mar”


O Dia Mundial do Mar foi celebrado pela primeira vez em 8 de Junho deste ano sob o lema “Os Nossos Oceanos, Nossa Responsabilidade”, que o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas Ban Ki-moon enfatizou na sua mensagem ao realçar a nossa obrigação individual e colectiva de proteger o meio marinho e de cuidadosamente gerir os seus recursos. Correspondendo ao enfoque dado na mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas à importância da intervenção institucional, a SGO/SGL pretende evocar esse evento na sessão de 18 de Junho, concitando reflexões sobre temas cadentes na governação oceânica: assim, no âmbito nacional, a conceptualização e o desenvolvimento em curso do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo; no âmbito da União Europeia, a consulta pública a decorrer entre 21 de Abril e 31 de Dezembro deste ano sobre o futuro da Política Comum das Pescas, a qual se centra na proposta da Comissão formulada no respectivo Livro Verde (http://ec.europa.eu/fisheries/reform/consultation_en.htm); finalmente, no âmbito internacional, importa atentar na posição da Administração Obama face à Agenda do Oceano, designadamente a adesão à Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, bloqueada no Senado dos Estados Unidos, a qual terá evidente repercussão mundial na eficácia da governação do Oceano e das zonas costeiras.


http://socgeografia-lisboa.planetaclix.pt/

Curso de Identificação de Aves de Montanha‏